Enduro: Portugal sobe ao quinto lugar no Internacional Six Days
Portugal subiu um lugar na classificação do Troféu Mundial, concluído o segundo dia dos “International Six Days Enduro” (ISDE), a decorrer na Finlândia. A equipa lusitana permanece muito coesa, e hoje os seus seis pilotos suportaram com eficácia a dureza do percurso, num dia marcado por muita chuva. No plano individual, três portugueses mantêm-se entre os dez primeiros nas suas classes.
Se na primeira etapa dos ISDE o percurso já tinha apresentado bastantes sinais de degradação, hoje a chuva acompanhou o extenso pelotão de forma persistente ao longo do dia, deixando o terreno bastante pesado, a dificultar a progressão nas duas voltas ao trajecto de 140 Km. Um pormenor, o último dos oito troços cronometrados teve de ser anulado, para evacuar um piloto australiano acidentado.
Homens e máquinas tiveram assim um rude exercício, que fez mossas no pelotão. Por exemplo, uma das candidatas aos lugares cimeiros, a Itália, perdeu dois pilotos, afundando-se na classificação face às regras desta prova: a desistência de um piloto é sancionada com 2 horas de penalização diária, sendo retidos para a classificação colectiva, diariamente, os cinco melhores resultados individuais de cada selecção sénior, compostas por seis pilotos. Portanto, além de rapidez, consistência e regularidade são aspectos fundamentais para ter êxito nos ISDE.
Portugal subiu então ao 5.º lugar, com a nossa selecção a patentear bom nível competitivo e espírito de conquista. Além de resistir capazmente às dificuldades da jornada, o sexteto lusitano continua a ter "pontas de lança" a registarem resultados significativos, com três deles entre os dez primeiros nas respectivas classes.
Na classificação individual após dois dias de prova, Luís Correia ocupa o 4.º lugar na E2. Luís Oliveira é 7.º na E1, na qual Paulo Felícia surge agora na 9.ª posição. Também na E1, Diogo Ventura subiu para 19.º. Hélder Rodrigues aparece em 35.º na E2, enquanto Gonçalo Reis voltou a ter algumas contrariedades. Depois da penalização de 18 minutos averbada no primeiro dia, devido a problema mecânico, hoje penalizou ainda 2m10s, pelo que o 26.º na classe E3 em nada reflecte a valia deste nosso piloto, a debater-se com problemas eléctricos na sua moto.
Quanto aos resultados referentes apenas a esta segunda etapa, Luís Correia alcançou um expressivo 4.º lugar na E2, e a nível absoluto esteve entre os dez mais rápidos nas quatro "especiais" da primeira volta. Nessa classe, Hélder Rodrigues acabou em 38.º Na classe E1, hoje o português mais rápido foi Paulo Felícia, ficando em 7.º, Luís Oliveira foi 11.º e Diogo Ventura o 19.º. Pelas razões já mencionadas, Gonçalo Reis foi 23.º da E3.
A jogar em casa, a selecção da Finlândia permanece firme no topo da classificação, seguida pelas formações da Espanha e dos Estados Unidos. Na 4.ª posição surge a Suécia, com menos 3m26,7s que Portugal.
Por outro lado, no Troféu de Clubes, que tem classificações independentes e reuniu quase duas duas centenas de pilotos à partida, integrados em equipas de três pilotos, uma formação constituída por portugueses também esteve em acção, todos na classe C3. Vítor Oliveira foi 36.º na etapa e ocupa o 22.º lugar na classe, enquanto José Sousa acabou o dia em 47.º e é 48.º no acumulado da prova. Quanto a José Fernando Sousa, não completou a etapa.
Amanhã o pelotão enfrenta um novo percurso, com 240 Km de extensão, nesta 86.ª edição dos ISDE.
Classificação do Troféu Mundial (oficiosa) – Após o 2.º Dia: 1.º Finlândia, 6h37m50,0s; 2.º Espanha, a 9.00,3; 3.º Estados Unidos, a 19.38,6; 4.º Suécia, a 26.02,5; 5.º Portugal, a 29.29,2; 6.º Holanda, a 34.37,9; 7.º Grã-Bretanha, a 38.30,9; 8.º Austrália, a 43.30,6s; etc.